Mercados globais oscilam entre otimismo tarifário e cautela com dados econômicos Big Techs, ouro e petróleo sob pressão, enquanto Europa digere apagão histórico
Os mercados iniciam esta terça-feira em compasso de expectativa, com os investidores repercutindo a recente trégua retórica nas tensões comerciais entre EUA e China, enquanto aguardam uma enxurrada de balanços trimestrais especialmente das gigantes de tecnologia e indicadores macroeconômicos cruciais para a trajetória da política monetária global.
O alívio pontual vindo de declarações mais brandas do presidente Trump sobre tarifas automotivas impulsiona os futuros dos EUA e os índices europeus, com destaque para o DAX (+0,87%) e o Stoxx 600, que caminha para a sexta alta consecutiva.
Apesar do alívio nas tensões geopolíticas, os investidores mantêm prudência seletiva. O S&P 500 está prestes a fechar seu melhor ciclo desde janeiro, impulsionado por uma rotação defensiva e fluxos para tecnologia.
O índice VIX recua, refletindo menor aversão ao risco, enquanto os Treasuries voltam a subir, com o rendimento da T-note de 10 anos alcançando 4,23%, antecipando a divulgação de dados do PCE, empregos e PIB nos EUA.
Commodities, por sua vez, operam mistas: o petróleo recua com receios sobre excesso de oferta e desaceleração econômica, enquanto o ouro devolve ganhos recentes diante da menor busca por proteção.
O minério de ferro volta a cair com temores de cortes na produção de aço na China, e o dólar se valoriza frente às moedas emergentes, consolidando um cenário de correlação cruzada entre ativos sensíveis a crescimento, inflação e geopolítica.
